Domingo, 28 de abril de 2024
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Cerca de 70% das cidades brasileiras estão classificadas com nível de desenvolvimento sustentável baixo

Dados constam do Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades, apresentado durante o Fórum de Desenvolvimento Sustentável

Cerca de 70% das cidades brasileiras estão classificadas com nível de desenvolvimento sustentável baixo

Foto: Imagem Ilustrativa

De acordo com o  Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades - Brasil (IDSC-Brasil), 69,8% dos municípios brasileiros estão classificados com um nível de desenvolvimento sustentável “baixo” ou “muito baixo”. Nenhuma cidade alcançou o nível “muito alto” proposto pelo índice. Foram avaliados todos os 5.570 municípios a partir de 100 indicadores.

A ferramenta foi elaborada pelo Instituto Cidades Sustentáveis (ICS) em parceria com a (Sustainable Development Solution Network), com o apoio do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) e financiamento do Projeto CITinova, coordenado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).

Os dados estão disponíveis na plataforma online, que possibilita avaliar evolução da Agenda 2030 da ONU nos municípios brasileiros. A ferramenta pode ser acessada irrestritamente de forma gratuita, divide os municípios por pontuação (0 a 100) em cinco categorias em relação aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Com a ferramenta, o Brasil se tornou o primeiro país do mundo a possuir um levantamento que permite avaliar como os municípios brasileiros estão posicionados em relação à Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).

O IDSC-Brasil, apresentado durante o Fórum de Desenvolvimento Sustentável realizado na semana passada (08) em São Paulo (SP) é resultado de mais de dois anos de trabalho.

De acordo com o ICS, o IDSC-Brasil é uma tentativa de buscar soluções para os problemas que, atualmente, afligem a sociedade, incluindo o modelo de desenvolvimento gerador de impactos social e ambiental.

Para o Instituto, a Agenda 2030, assinada pelos 193 países membros da ONU em 2015, enquadra-se em um dos raros momentos nos quais o mundo entrou em consenso na construção de uma pauta comum. Desde então, os países prestam contas anualmente, sempre no mês de julho, sobre os seus avanços e retrocessos em relação aos 17 ODS. Foi justamente no retorno de um desses encontros, que surgiu a ideia de criação do IDSC-Brasil.

Na visão ICS, que não se pode dissociar o combate às mudanças climáticas do enfrentamento da desigualdade.

Desigualdade regional 

Na ponta de cima, as cem cidades mais bem ranqueadas estão localizadas nas regiões Sudeste e Sul. Na parte de baixo, as cem cidades piores avaliadas se concentram nas regiões Norte e Nordeste. Segundo o ICS, essa distribuição demonstra, o ICS, a necessidade de repensar a distribuição de recursos no território nacional.

Por isso, o IDSC-Brasil tem como um dos objetivos principais servir como instrumento para que gestores públicos possam traçar metas mais assertivas no desenvolvimento integral e sustentável dos territórios. Entretanto, esse foco não retira a importância da sociedade civil para a concretização da Agenda 2030.

O IDSC-Brasil também permite a visualização dos avanços em relação aos ODS nos diferentes biomas brasileiros, o que pela SDSN - responsável pelo desenvolvimento da metodologia utilizada no IDSC-Brasil.

Participações

No evento de lançamento da plataforma, também estiveram presentes representantes do Setor de Cooperação da União Europeia-Brasil, do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCTI) e da Secretaria do Meio Ambiente de Santos (SP).
 

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