Domingo, 28 de abril de 2024
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Artigos || Francisney Liberato

Liderança comparada

Ela pode ser utilizada para produzir bons resultados no trabalho

O seriado transmitido pela Netflix com o tema “The Crown” ou “A coroa” é um drama criado e escrito por Peter Morgan.

A série conta a história biográfica sobre o reinado da Rainha Elizabeth II do Reino Unido.

Nesse drama são apresentados a história de sucessão do Rei Jorge IV e o provimento do cargo exercido pela filha, Rainha Elizabeth II, com base na linha sucessória britânica.

Elizabeth assumiu o trono britânico aos 25 anos, bem jovem. A coroação ocorreu em 2 de junho de 1953.

Logo quando começou a exercer o seu cargo de liderança, como rainha do Reino Unido, as comparações surgiram entre ela e o seu pai. Normalmente quando ocorre a mudança de um líder, é comum que os liderados e os seres humanos em geral façam comparações entre um e outro. É notório que haverá pontos positivos e negativos tanto de quem entra como de quem sai do cargo de liderança.

É perceptível no seriado que havia certa irritação por parte da rainha com essas comparações com seu pai. Chegou o momento em que ela mostrou a todos os envolvidos que a gestão era dela e que tinha um perfil único e exclusivo, que daquele momento em diante seria de acordo com o seu perfil de trabalho.

No time de futebol do Flamengo, houve a comparação entre o técnico português vencedor, Jorge Jesus, com o seu sucessor, o espanhol Domènec Torrent. Ocorreram comparações entre saídas e entradas de presidentes da República do Brasil. Toda mudança gera desconforto para os líderes como também para os liderados.

No meu histórico de vida como líder da iniciativa privada ou pública, tenho vivenciado muitas situações de comparação. Praticamente em todos os cargos que ocupei ouvi a comparação entre mim, sucessor, e o sucedido. Vale ressaltar que ninguém é melhor do que ninguém, pois cada um tem uma forma de liderar e de trabalhar. Sempre percebi que as comparações que chegavam diretamente aos meus ouvidos não eram com o propósito de colaborar, mas sim de criticar o antecessor, ou de obter a minha opinião sobre o sucedido. E as mensagens que não eram proferidas diretamente a mim, ou seja, nos rádios-corredores do trabalho, eram no intuito de criticar e fofocar acerca do trabalho do sucessor ou sucedido, que nem sequer tinha tempo para avaliar o seu labor.

Nós, líderes, não devemos dar excessiva atenção a essas comparações. O mais louvável a ser feito é comparar consigo mesmo, com o seu trabalho e com o seu desempenho. Não obstante, é possível que você como líder aproveite os pontos positivos do líder anterior, com intuito de aperfeiçoá-los e, ainda, observe os pontos negativos do líder sucedido, para não cometer os mesmos erros e falhas.

Ninguém é igual a ninguém. Somos únicos e singulares, até os gêmeos univitelinos são diferentes por dentro, no seu caráter, em suas decisões. A comparação não é salutar, contudo, é algo que ocorre cotidianamente.

Prefira comparar consigo mesmo e com os seus feitos no trabalho. Infelizmente, é possível que haverá a liderança comparada com o intuito de te desestimular a continuar exercendo esse nobre cargo, que é o da liderança.

Usufrua de suas comparações para aperfeiçoar a sua atuação no desejo de atingir os propósitos da entidade.

Você tem a sua própria identidade!

 

Francisney Liberato é auditor do Tribunal de Contas. 
 

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