Sábado, 27 de abril de 2024
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Artigos || ALFREDO DA MOTA MENEZES

Revitalizar o Centro Histórico

Há nova movimentação para preservação do Centro Histórico de Cuiabá

Há uma nova movimentação para a preservação do Centro Histórico de Cuiabá. A Associação Cuiabana de Cultura ou Muxirum Cuiabano e também os Amigos do Centro Histórico falam novamente nesse necessário trabalho para preservar essa parte importante da história da capital.

Fala-se em novo levantamento sobre as condições dos prédios dali, também em revitalização e como conseguir recursos, através de incentivos fiscais, junto à iniciativa privada.

Falam até em lançar um documentário para mostrar toda a realidade do Centro Histórico.

 É preciso dizer que antes já se teve conversações nessa direção. Teve-se até levantamento sobre os casarões dali, das ações na Justiça e outras necessidades.

Pensava-se, e a coluna trabalhou nessa direção, que a coisa ia deslanchar e não foi bem assim.               

Falou-se na época que tinha 400 imóveis no Centro Histórico e 80 precisando de reformas. Foi mostrado detalhes de futuras reformas, também de disputas judiciais nesse ou naquele casarão por herança não decidida entre membros de famílias.

Que alguns imóveis não recebiam reformas, nem de familiares ou de órgãos públicos, por causa de disputas judiciais ainda não terminadas. Mostrou também que não havia recursos públicos disponíveis para reformas. Tudo falado e discutido anos atrás. Até o Iphan ou Instituto do Patrimônio Histórico Nacional havia participado desse levantamento.

Parece que a coisa não deslanchou e agora se fala mais uma vez em levantamento geral sobre tudo dali e depois buscar meios para a revitalização do local histórico.

A coluna naquele momento até trouxe alguns dados sobre o que ocorrera em outros centros históricos em outras capitais brasileiras. Em São Luís, no Maranhão, se teve recursos do PAC-Cidades Históricas e até do BID ou Banco Interamericano de Desenvolvimento que tem recurso especifico para ajudar na manutenção de centros históricos.

Em Recife tomaram uma decisão inteligente ao levar para o Centro Histórico dali empresas de tecnologia e inovação. Essas empresas é que ajudaram na recuperação desse ou daquele prédio que ela tinha interesse em locar. Uma alternativa inteligente.

Aqui em Cuiabá se falou que poderia ir para o Centro Histórico da cidade Faculdades da iniciativa privada. A proposta foi bastante elogiada como alternativa. Que iriam, ao redor da faculdade, bares, restaurantes e outras atividades que ajudariam na preservação do lugar. Nada disso aconteceu. 

A coluna pontuava também que havia informação de que em Portugal teria algum recurso para ajudar nessa preservação. Que os portugueses queriam que a arquitetura da presença deles por aqui e outros lugares do Brasil fossem mantidos. Ninguém ficou sabendo se havia ou não esse recurso.

Quem já foi a Nova Orleans nos EUA sabe o que é dá importância a um Centro Histórico. Lá tem o French Quarter, com arquitetura que vem desde a presença espanhola e francesa na cidade. Tudo preservado e a cidade tem um ganho enorme com a visita de milhões de turistas por ano.

Em Cuiabá o turista quer ver a arquitetura e curtir a gastronomia, música, linguagem e não asfalto novo aqui ou acolá. Eae, como dizia o cuiabano, vai preservar mesmo Centro Histórico ou é mais uma conversa do momento?

 

Alfredo da Mota Menezes é analista político.
 

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