Domingo, 28 de abril de 2024
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Artigos || LICIO ANTONIO MALHEIROS

Crimes cibernéticos

Nem todos estão utilizando essa tecnologia de ponta para praticar o bem

O mundo globalizado caracteriza-se pelo processo de aproximação entre as diversas sociedades e nações existentes por todo o mundo, seja no âmbito econômico, social, cultural ou político, tendo como premissa básica a integração de mercado existente entre os países, um mundo globalizado onde tudo está interligado.

Partindo dessa premissa, a informatização caminha com velocidade inimaginável tendo como elemento norteador a robótica.

A robotização é uma forma de automação conhecida pela sigla RPA (do inglês Robotic Process Automation ou Automação Robótica de Processos) e se refere à aplicação da tecnologia que possibilita configurar um software para capturar e interpretar a forma de processar transformações, manipular dados, disparar respostas e se comunicar com outros sistemas digitais.

Porém, infelizmente nem todos os seres humanos estão utilizando essa tecnologia de ponta para praticar o bem, e sim, usar esses mecanismos evoluidíssimos para disseminar: ódio, violência, rancor e, ultimamente levar muitos jovens e adolescentes ao cometimento de crimes nas escolas brasileiras; portando armas brancas e por aí vai.

Muito, dessa violência exacerbada passa necessariamente pela inclusão de jogos violentos, que levaram as autoridades Norte Americana a acender o sinal de alerta, como o massacre ocorrido no Colégio de Columbine, nos EUA, os dois jovens, disseram que eram viciados em Doom e Quake, um jogo bem conhecido pelo grau de violência, nesses jogos os jogadores são soldados sanguinários ou bandidos loucos para matar.  

Mato Grosso se tornou um Estado violento; as escolas estaduais e municipais se tornaram alvos de alguns alunos que usam às redes sociais de forma errada, causando pânico e desconforto aos colegas que realmente querem estudar.

Em Cuiabá alguns casos infelizmente extrapolaram a normalidade, com agressões sofridas, de aluno para aluno e até mesmo, agressões contra os professores atos insanos.

Pegando carona nessa vibe, alguns alunos da Escola Estadual Paciana Torres de Santana, no Residencial Coxipó extrapolaram, propagando ameaças de massacre, através de mensagens escritas na porta de um banheiro da unidade escolar, na segunda-feira (11), imaginem vocês, como ficaram os pais desses alunos diante de uma ameaça dessa magnitude, pode até ter sido alarme falso.

Porém, na dúvida entrou em cena a Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI), que foi criada diante da alta complexidade técnica de investigação de crimes praticados por meio eletrônico e de célere evolução do uso da internet por organizações criminosas. Estando à frente da mesma, o senhor Ruy Guilherme Peral da Silva.

Ontem em um programa televisivo, assisti a entrevista do senhor Ruy Guilherme, o mesmo, foi cirúrgico ao abordar o tema de violência nas escolas, em que a maioria delas tem como epicentro às redes sociais.

Ele declinou também, sobre o trabalho hercúleo por eles desenvolvidos, com investigações realizadas em cidades como Arenápolis, Cuiabá, Campo Verde, Ipiranga do Norte e Nova Xavantina.

Ele disse também, que alguns autores dessas postagens já foram identificados, como um jovem de 18 anos em Arenápolis, que postou uma mensagem ameaçando a Escola Estadual João Ponce de Arruda.

Como sou um contumaz seguidor das redes sociais, deparei-me, com uma outra fala desse mesmo tema, propagada pelo vereador por Cuiabá, Cezinha Nascimento (PSL).

Momento em que, ele fez uso da tribuna dizendo “Eu gostaria nesta manhã de hoje presidente, falar sobre um projeto de lei, que se trata da implantação de detectores de metais nas escolas no âmbito das escolas municipais.........” resumi a fala desse senhor.

Eu tenho 26 anos de sala de aula, e não poderia jamais pactuar com um projeto inócuo como esse, com todo respeito nobre vereador, principalmente em se tratando de um município como Cuiabá, no qual a Saúde Pública está em frangalhos, em algumas unidades falta até dipirona; esse projeto é no mínimo surreal.  

Vamos imaginar hipoteticamente que o nobre prefeito Emanuel Pinheiro conseguisse essa pequena fortuna, para instalação dos detectores de metais, ainda assim seria antipedagógico.

Na minha modesta opinião, o que poderia ser feito para minimizar essa situação caótica com constantes ataques às escolas, além do combate ostensivo feito pela Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI), capitaneada pelo Delegado Ruy Guilherme Peral da Silva.

Concomitantemente a isso, deveria existir nas escolas um “Dispositivo de Alerta de Segurança (DAS)”, este aparelho teria como intuito acionar as forças de segurança com agilidade, dessa   forma minimizariam os ataques.

 

Licio Antonio Malheiros é geógrafo.
 

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