Sexta-feira, 26 de abril de 2024
O melhor da notícia ao alcance de suas mãos
informe o texto

Notícias || Economia

Empresa do ramo gastronômico culpa Covid por crise e entra em recuperação em Cuiabá e VG

Dom Sebastião iniciou as atividades em 2007

Empresa do ramo gastronômico culpa Covid por crise e entra em recuperação em Cuiabá e VG

Foto: Reprodução

O Grupo Dom Sebastião, formado por 8 empresas, entre restaurantes e pizzaria situadas em Cuiabá e Várzea Grande, entrou em recuperação judicial com dívidas de R$ 6,2 milhões alegando graves dificuldades financeiras por causa da pandemia de Covid-19. O processo foi protocolado no dia 18 de janeiro deste ano na 1ª Vara Cível de Cuiabá, especializada em recuperação e falência de empresas.

O processamento da recuperação foi autorizado pela juíza Anglizey Solivan de Oliveira em decisão proferida nesta segunda-feira (1º de março). A partir de agora ações e execuções contra as empresas integrantes do grupo ficam suspensas pelo prazo de 180 dias.

A apresentação do plano de recuperação judicial deverá ser apresentada em 60 dias após a publicação da decisão. Anteriormente, em despacho do dia 21 de janeiro, a magistrada já havia autorizado o parcelamento das custas processuais condicionando o cumprimento da decisão ao pagamento da primeira parcela e mediante comprovante nos autos.

“Defiro a tutela cautelar de urgência para que seja ordenada a suspensão de todas as ações e execuções ajuizadas contra os devedores, por força do que dispõe o §§ 4º e 5º do artigo 6º, e artigo 52, III, da Lei n. 11.101/2005, sob pena de multa diária, que fixo em R$ 500,00) ao credor que desobedecer à ordem e tentar receber seu crédito antes dos demais, até a análise do pedido de processamento do pedido de recuperação judicial”, despachou a magistrada.

Ela também nomeou a contadora, auditora e perita contábil, Sandra Maria Santana, para fazer uma verificação prévia para constatar as reais condições de funcionamento das empresas e analisar a regularidade da documentação apresentada juntamente com a petição inicial. Ela fixou em R$ 5 mil o pagamento da profissional, em caso de aceitação do encargo.

O prazo concedido foi de 5 dias para a perita nomeada apresentar o laudo da constatação sobre a real situação das empresas bem como sobre a regularidade dos documentos. Agora, a juíza voltou a despachar no processo autorizando a recuperação, mas a decisão ainda não foi disponibilizada nos autos.

A recuperação contempla as seguintes empresas integrantes do Grupo Dom Sebastão: Daniela Alves Romão Lara Leite –Eireli ME, P.L Serviços de Alimentação Ltda –ME, Pizzaria Leite Ltda –ME, Pizzaria Várzea Grande Eireli –ME (nome fantasia Clube da Pizza),  P.V. Lara Leite –ME, Liana de Lara Leite Eireli –ME, Paulo Vitor Lara Leite Eireli – ME e Dom Sebastião Franchising Ltda –ME.  Todas  atuam no ramo de fabricação e comercialização de alimentos. O grupo empresarial relata no processo que iniciou sua atividades em 2007 em Cuiabá, primeiramente com o Restaurante e Pizzaria Dom Sebastião.

Em 2008 inaugurou o Clube da Pizza em Várzea Grande, situada na Avenida Presidente Artur Bernardes, no bairro Ipase.  Entre  2012 e 2013 o grupo ampliou os investimentos nas instalações da cozinha e aumentou a equipe.  

Em 2014 implantou uma adega com capacidade para mais de 200 rótulos. Já em 2015 fez vários empréstimos para diversificar a área de atuação e comprar máquinas mais modernas além de firmar parcerias com uma cervejaria.

Dois anos depois, em 2017, iniciou a produção de pizzas em forno elétrico criando a Dom Sebastião Franchising, empreendimento que precisou fazer investir em profissionais experientes no mercado de franquias para garantir segurança jurídica e técnica, o que motivou a inauguração da primeira franquia no shopping Pantanal. Contudo, ao logo do ano passado no auge da pandemia de Covid-19 o Grupo foi afetado drasticamente comprometendo agravando passivo que já existia em decorrência dos investimentos feitos com patrimônio pessoa dos sócios e empréstimos bancários.

Segundo a empresa, todas as lojas tiveram as atividades suspensas entre março e setembro do ano passado por causa da pandemia, o que desequilibrou as contas do grupo, situação agravada pela excessivo aumento nos insumos utilizados para o preparo das pizzas e demais pratos disponíveis nos cardápios das pizzarias e restaurantes.





Por:Folhamax
 

Informe seu email e receba notícias!

Sitevip Internet