Sexta-feira, 26 de abril de 2024
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Rio Paraguai atinge nível mais baixo desde 1965, barcos ficam no seco e moradores conseguem atravessá-lo a pé

Nesta quinta-feira (15), o nível do rio é de 70 cm. Há dois anos, esse índice era mais que o dobro.

Rio Paraguai atinge nível mais baixo desde 1965, barcos ficam no seco e moradores conseguem atravessá-lo a pé

Foto: Reprodução

Embarcações que antes percorriam o Rio Paraguai, na região de Cáceres, a 220 km de Cuiabá, agora estão parados no seco devido a região registrar a maior baixa no nível da água desde 1965. Os moradores da região conseguem atravessar o rio caminhando, com a água abaixo do joelho.

Nesta quinta-feira (15), o nível do rio é de 70 cm. Há dois anos, esse índice era mais que o dobro. No dia 15 de julho de 2019, a profundidade era de 1,52 m.

O rio já chegou a registrar 70 cm, no ano passado, mas isso ocorreu em agosto, o mês em que costuma ser de maior seca no estado. Para este ano, a tendência é que o nível abaixe ainda mais entre agosto e setembro, podendo atingir 34 cm.

“A seca segue avançando de forma rigorosa. Por causa da seca já registrada no ano passado, o rio partiu de uma condição bem desfavorável. A estação chuvosa neste ano não foi abundando na bacia e teve um fim precoce, em abril. Desde então, o nível do rio vem baixando”, explicou o pesquisador do Serviço Geológico do Brasil, Marcus Suassuna Santos.

Baixa no nível do Rio Paraguai prejudica navegação — Foto: Defesa Civil



Pelo segundo ano consecutivo, o rio Paraguai, que drena a Bacia do Alto Paraguai e o bioma Pantanal, vem apresentando valores de nível d’água significativamente abaixo da média.

O último boletim de Monitoramento Hidrológico, publicado pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM), aponta que o nível da água está atingindo os menores valores já observados para esse período do ano, considerando toda sua série histórica de dados - com registros desde 1965.

O período de estiagem tem implicações para navegação no rio Paraguai, hidrovia por onde escoa principalmente produção de grãos e minérios para exportação.

Outro problema que ronda a região é o abastecimento de água. Alguns municípios estão planejando captação de água alternativa com o uso de bombas móveis.

No setor agroprodutivo, por exemplo, o impacto já é visível. No final de maio, mais de 40% das propriedades estavam com 60% a 80% da produção afetada. Outros 15% das propriedades sofrem com mais de 80% da área afetada, representando uma piora de abril para maio.





Por:G1 MT
 

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