A onda de frio que ocorreu em Mato Grosso no mês de junho pode ter causado a morte de 40 toneladas de peixes no Lago de Manso e esse fenômeno pode voltar a ocorrer.
A possibilidade foi apontada durante audiência pública, realizada nesta terça-feira (13), na Assembleia Legislativa.
"Se tiver outra frente fria vai morrer mais peixe, isso porque quando água sobe provoca a decomposição e mata
os peixes", disse o presidente executivo da Peixe BR, Francisco Arteiro. Ele lembrou que vamos ter mais duas ondas.
O deputado estadual Wilson Santos (PSDB), que presidiu a reunião, acrescentou que "quando a usina utiliza um excesso de água ocorre de faltar água para a produção segura dos peixes".
Mesmo o pesquisador da UFMT, professor Rafael Pedrollo, não tendo observado uma responsabilidade direta de Furnas sobre a morte das 40 toneladas de peixes no Lago do Manso, no início de julho, a empresa é a responsável pelo reservatório.
Na análise dele, sem a barragem da usina os rios Manso e o Cuiabazinho "teriam condição de corredeira maior, maior oxigenação e não acúmulo de sedimentos”, fatores investigados como a causa da mortandade.
A crise hídrica dos últimos tempos, seja pelo baixo volume do reservatório, atualmente com 26% abaixo do nível de operação mínima (278m³), e a baixa temperatura, teriam provocado o fenômeno que pode ser pior até setembro.
Durante a audiência diretores da empresa que opera a usina hidrelétrica negaram relação com a morte dos peixes. Eles revelaram que a UHE não tem plano de ação para a emergência ambiental.
Agora a AL pretende realizar uma audiência com a ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico). Que para Wilson deve trazer a posição final sobre o caso.
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