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04/03/2021 - 10:39 | Atualizada: 04/03/2021 - 16:59

Paciente com Covid-19 morre à espera de UTI em Rondonópolis

Um paciente com Covid-19 morreu nesta quarta-feira (3), em Rondonópolis, enquanto esperava a liberação de um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Além dele, outras oito pessoas estavam na fila para uma vaga, mas os hospitais do SUS e particulares não possuem mais vagas disponíveis devido ao aumento no número de casos.

A Central de Regulação em Rondonópolis informou sobre a morte do paciente. A alta taxa dos leitos refletem diretamente no tratamento contra a Covid-19.

Com a situação alarmante, o Hospital Regional do município precisou disponibilizar mais dois leitos de UTI para tratar os pacientes com o vírus.

A Santa Casa de Rondonópolis também teve que ampliar os leitos para casos de pacientes graves.

Maria Aparecida, de 56 anos, mora em Rondonópolis, mas está internada em estado grave em uma UTI em Nova Mutum porque os hospitais de Rondonópolis estão 100% ocupados. Ela está com Covid-19 e é portadora de diabetes e hipertensão.

O médico cirurgião Nilson Albers diz que a situação dos hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS) em Rondonópolis piorou nos últimos dias.

"A coisa piorou tanto que muitos pacientes têm ficado em macas e até as macas estão acabando as porque não são só os casos de Covid-19, tem os traumas que chegam nos hospitais de toda a região sul. Nós não temos mais leitos, o hospital saturou", afirma.

Quando há UTI disponível, a Central de Regulação escolhe quem vai ocupar a vaga. Enquanto o paciente espera por um leito de UTI ou quando precisa ser transferido para outra unidade de saúde com vaga, o quadro de saúde pode ficar cada vez mais grave.

O presidente do Sindicato dos Médicos de Rondonópolis, Eduardo Nogueirol, explica que há critérios para a escolha do paciente.

"É muito difícil para um médico escolher qual paciente que vai subir para aquela vaga. A Central de Regulação tem critérios, parâmetros e vai decidir qual o paciente que vai para aquela determinada vaga assim que ela surgir. Essa cascata de falta de vagas resulta em mais pacientes internados na UTI e aumenta a mortalidade da doença, que já é fatal nesses casos graves", afirma.








Por:G1MT
 
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