Terça-feira, 30 de abril de 2024
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Artigos || LICIO ANTONIO MALHEIROS

O dia em que a terra parou

A chamada em questão, remete-nos a uma canção de Raul Seixas, baseada em um filme de ficção cientifica de 1951, intitulado “o Dia em que a Terra Parou”, a letra da música foi escrita na década de 1970.

O escopo dessa canção, tratar-se de um alienígena que vem à Terra para alertar sobre uma crise global e dá um ultimato: ou os homens aprendem a lidar uns com os outros, parando com conflitos e guerras, ou uma atitude mais séria seria tomada.
A letra dá música escrita na década de 70, voltou a ser reproduzida no ano de 1977, nesse momento o Brasil lidava com as consequências de um governo Militar; a letra, basicamente criticava a situação política do país.

Infelizmente, hoje vivemos algo semelhante em nosso país, pois, somos regidos por um governo não Militar, dito democrático; porém com sobreposições dos poderes constituídos.

Ocorrendo recorrentemente ações: intempestivas, desconexas, desproporcionais, advindas de um poder, que em tese deveria proteger e ser a guardiã da nossa Constituição, e que hoje, chamou para si todos os outros poderes, o Executivo e Legislativo e os colocou literalmente de joelhos; reporto-me ao Judiciário.

A letra dessa música, em função do que vem acontecendo em nosso país: com vilipendiações de valores, sobreposições de poderes entre outras coisas mais; a mesma, se encaixa perfeitamente.

Os membros da Suprema Corte devem ser escolhidos, entre cidadãos brasileiros natos, com mais de 35 e menos de 70 anos; de notável saber jurídico e reputação ilibada.

O dia em que o Brasil parou, coincidentemente ou propositalmente aconteceu na última quarta-feira (13), momento em que; na CCJ do Senado ocorreu a sabatina de Flávio Dino e Paulo Gonet, indicados por Lula para STF e PGR.

Flávio Dino, foi aprovado pelo Senado nessa quarta-feira, 13, por 47 votos a favor e 31 contra, e vai tomar posse na Corte em fevereiro do próximo ano.

Dino, é o décimo indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao Supremo tribunal Federal (STF), nos três mandatos do petista na Presidência.

A biografia do eminente Flávio Dino, é um tanto quanto complexa em sua plenitude, principalmente, quando o assunto é relativo à democracia.

Pois o mesmo, em vários momentos se intitulou comunista.

Em uma entrevista em um passado não muito distante.

Ele declarou “enquanto “socialista, comunista e marxista”, faço o que Lenin recomendava”, e foi além, mencionando que, na visão do líder soviético, a recomendação era “análise concreta da situação concreta”, essa é a essência do marxismo, essa frase foi dita por Lênin em 1920 na revista Internacional Comunista. Ou seria, mistificação da realidade?

Essa frase dita por Lênin, tinha como objetivo central legitimar analises que pretendem estabelecer uma inequívoca, portanto, absurda identidade entre realidade e reflexão.

Essa expressão, nitidamente nos dá a impressão que o cérebro das pessoas capazes de tal analise, ou melhor, de tal façanha deve ser composto por concreto construtivo (pedra, areia, cimento e água), e não, por massa encefálica.

Após a efetivação do nome Flávio Dino para Suprema Corte (STF), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em seu discurso, foi enfático ao dizer “Vocês não sabem como eu estou feliz. Pela primeira vez na história, nós conseguimos colocar, na Suprema Corte deste país, um ministro comunista, o companheiro da qualidade do Flávio Dino”.

Realmente, o presidente Lula, tem muito a comemorar em seu terceiro mandato, em menos de um ano de governo, emplacou dois ministros, o primeiro seu advogado Cristiano Zanin e agora emplaca Flávio Dino.

Resta saber, se a população brasileira está contente com estas indicações. E o que é pior, o Congresso Nacional, está literalmente de joelhos, tornando-se um puxadinho da Suprema Corte (STF). Com a palavra, o povo brasileiro.

Pare o mundo quero descer!

Licio Antonio Malheiros é Professor e geógrafo
 

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