Quinta-feira, 28 de março de 2024
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“Se pudessem ver alguém mal com Covid na UTI, não fariam isso”

“Se pudessem ver alguém mal com Covid na UTI, não fariam isso”

Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

A secretária de Saúde de Cuiabá, Ozenira Félix, lamentou o comportamento de parte da população que insiste em não seguir as medidas de biossegurança durante a pandemia da Covid-19. Ela afirmou que vê proximidade de colapso no sistema se não houver uma mudança de postura.

 

A gestora demonstrou apoio às medidas mais duras de restrição em vigor e afirmou que é triste ver o Governo baixando decretos para impor um normas que já deveriam estar sendo seguidas naturalmente pela sociedade.

 “O que mais a gente fica triste e extremamente preocupado é que, com tudo que está acontecendo, nós ainda precisamos editar um decreto, como o governador Mauro Mendes fez, restringindo as pessoas de ir e vir em determinados horários, com toque de recolher”, afirmou.

 “Nós estamos em um momento crítico, temos muitos casos, estamos com nossas unidades cheias. Realmente, o que deveria ocorrer era que não fosse necessário nenhum decreto. Que cada cidadão tivesse a sua consciência social e a responsabilidade dele junto à sociedade. Todos nós somos responsáveis”, completou.

Ozenira salientou que se as pessoas pudessem visitar uma unidade de saúde ou alguém com Covid em um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mudariam se comportamento e não mais procurariam colocar em risco a si mesmos e, consequentemente, os familiares e amigos.

 “Gostaria que as pessoas tivessem a oportunidade de ver uma pessoa com Covid na UTI, quando ela está muito mal. É uma coisa que, talvez, vocês não consigam imaginar a tristeza que é”, lamentou.


Colapso no sistema

 Ozenira afirmou que Cuiabá está muito próximo de entrar em colapso, mas que a Pasta tem trabalhado para tentar adiar tal situação de crise e trabalhando na criação de unidades de referência para atendimento de casos de Covid-19.

 No entanto, ela salientou que os recursos do Município não são infinitos e há dificuldades, no momento, até mesmo em se conseguir medicamentos, em razão da alta procura pelos entes federados.

 “Agora, as UTIs já estão lotadas, os leitos também, e estamos trabalhando com novos leitos e novas possibilidades. Só que tudo isso tem fim. Porque nós temos uma população imensa e temos quantitativos restritos em relação a isso”, afirmou.

 “Hoje é uma questão muito simples: ou a gente se recolhe, segue as orientações, fica em casa e usa máscara, ou vamos chegar ao colapso. Se Deus quiser, nessa semana ainda vamos tranquilo, mas se não houver uma redução, nós vamos chegar numa situação muito difícil”, alertou.
Conforme a secretária, hoje as equipes trabalham, principalmente, para garantir que todos que procurem a rede pública de saúde na Capital recebam ajuda.
 “Estamos com todas as nossas equipes mobilizadas e ampliando, para que a gente não chegue ao ponto de alguém ter que morrer sem assistência”, disse.

 



Por:MidiaNews
 

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