O presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Max Russi (PSB), lamentou a “guerra de decretos” entre o governador Mauro Mendes (DEM) e o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, que deixou a população confusa sobre quais das duas decisões deverá acatar a partir dessa quarta-feira (3).

 Em entrevista à Rádio CBN Cuiabá, Russi afirmou que a divergência de horário nos toques de recolher e regras para funcionamento do comércio, por exemplo, acabam prejudicando a população.

 “Infelizmente essa decisão é muito ruim para o empresário que não sabe que decisão deve cumprir, para o trabalhador que atua em Cuiabá e mora em Várzea Grande e os municípios têm decretos diferentes”, exemplificou.

“A confusão que está se criando com esses dois decretos realmente é preocupante e a população é quem acaba pagando pato”, criticou.

 Russi defendeu que a Justiça atue de forma rápida para deixar claro o que está valendo na Capital.

 “Acredito que a única solução para esse embate será uma decisão judicial, que eu espero que aconteça o mais rápido possível”, afirmou.

 Para o presidente do Legislativo, o momento deveria ser de união da classe política e de uniformização das informações.

 “Porque se nós todos não estivemos unidos nesse momento crítico, teremos dificuldade para avançar, sair, e para oferecer tranquilidade para a população”, afirmou.
 

Multas

 O parlamentar ainda saiu em defesa do projeto de lei encaminhado pelo governador Mauro Mendes e aprovado pelos deputados estaduais nesta terça-feira (2), que prevê a aplicação de multas a quem desrespeitar as medidas de biossegurança, como não usar máscaras e promover aglomerações.

 “Ninguém quer levar a multa. Tem gente reclamando que elas são pesadas, mas a multa não é para ser aplicada. Ninguém quer aplicar multa”, explicou.

 “É somente feito porque às vezes tem que ser educado dessa forma, porque na conscientização não está tendo resultado. As festas em condomínio estão amanhecendo, porque todo mundo acha que a sua festa, o seu evento, é o mais importante e que não terá problema”, reclamou.

 Russi disse acreditar que, com tais decisões em vigor, a própria população ajudará as autoridades a fiscalizarem a aplicação das penalidades.

 “Acho que vai ter muita gente que, com esse projeto, com essa condição, vai denunciar. Um vizinho faz festa, o outro vai denunciar à Polícia Militar a aglomeração. Porque tem muita gente revoltada por estar tomando todas as medidas de biossegurança, estar se cuidando, usando máscara, e ao lado da sua casa, o seu vizinho não se preserva e coloca a sua vida em risco”, avaliou.





Por:MidiaNews