O vice-procurador-geral eleitoral Paulo Gonet Branco enxergou uma “dolosa confusão patrimonial” entre as contas do deputado federal Neri Geller (PP) e de seu filho Marcelo Geller nas investigações sobre suposta compra de apoio político na eleição de 2018.
“O cenário expõe um estado de dolosa confusão patrimonial entre as contas do candidato representado e seu filho Marcelo, então, com 18 anos de idade, e com notória incapacidade financeira”, escreveu o procurador em parecer no qual defende a cassação do mandato do parlamentar.
Marcelo declarou receita bruta e rendimentos obtidos no ano de 2018 que, somados, chegam a R$ 3.630.781,22. No entanto, conforme as investigações, em apenas três meses circularam R$ 7.227.194 em sua conta, oriundos de repasses do seu pai, posteriormente devolvidos ao próprio deputado.
Segundo o processo, Neri envolveu o filho em um esquema para doar R$ 942 mil a candidatos de outros partidos, ato apontado pelo MP Eleitoral como “forte indicativo” de que a manobra teve por objetivo “obtenção de apoio político”.
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