Sábado, 20 de abril de 2024
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Ledur volta a ser denunciada por acusação de tortura a um aluno

É a segunda vez que tenente vira alvo de uma denúncia por supostos abusos em treinamentos

Ledur volta a ser denunciada por acusação de tortura a um aluno

Foto: Reprodução

O Ministério Público Estadual (MPE) ofereceu nova denúncia contra a tenente do Corpo de Bombeiros, Izadora Ledur, pelo crime de tortura, desta vez contra o aluno Maurício Junior dos Santos.
O documento é assinado pelo promotor de Justiça Paulo Henrique Amaral Motta e foi encaminhado à 11ª Vara Criminal de Cuiabá na última semana.  

Ledur havia sido denunciada pelo mesmo crime contra o aluno Rodrigo Claro, que morreu após um treinamento aquático sob sua supervisão, na Lagoa Trevisan, em 2016.

Em setembro de 2020, cinco anos após o fatos, o Conselho Especial de Justiça desclassificou o crime de tortura para maus-tratos e a condenou a um ano de prisão. Maurício dos Santos, inclusive, testemunhou contra a tenente sobre a morte de Rodrigo Claro.

De acordo com o MPE, o crime contra Maurício dos Santos também ocorreu em 2016 durante um treinamento aquático na Lagoa Trevisan, que também tinha como instrutora responsável a tenente Ledur.   

Na ocasião, conforme o promotor de Justiça, a vítima começou a sentir câimbras e precisou ser auxiliada por outros alunos.
Ocorre que, já no meio do percurso, a oficial teria ordenado que os demais alunos seguissem com a travessia, deixando Maurício para trás.

“A partir daí, como forma de aplicar castigo pessoal, a denunciada passou a torturar física e psicologicamente a vítima, quando, além de proferir palavras ofensivas, utilizando a corda da boia ecológica iniciou uma sessão de afogamentos, submergindo-a por diversas vezes”, diz trecho da denúncia.

“Ato contínuo, após alguns ‘caldos’, o ofendido já sem forças para emergir e respirar, depois de ter engolido muita água e gritado por socorro, veio a segurar os braços da imputada 1º Ten BM Izadora Ledur de Souza Dechamps, implorando para que ela cessasse a atividade”, diz outro trecho do documento.

“A denunciada, por sua vez, além de a repreender gritando: ‘Você está louco? Aluno encostando em oficial’, só interrompeu a sessão de afogamento quando a vítima perdeu a consciência”, aponta a denúncia.

Pouco tempo depois, conforme o MPE, o aluno acordou desesperado, já nas margens da lagoa, vomitarndo bastante água.

“Se não bastasse, mesmo a vítima apresentando esgotamento físico e mental, a denunciada exigia, aos gritos, que Maurício retornasse para a água. Em seguida, por sentir fortes dores de cabeça, temendo por sua vida, a vítima não retornou às atividades aquáticas”, diz a denúncia.  

Ainda segundo o promotor, momentos depois, o aluno desmaiou novamente, e foi encaminhado à Policlínica do Coxipó.

“Relevar consignar, ainda, que, conforme prontuário de atendimento médico, o ofendido 'foi submetido a esforço físico desgastante, sofreu desmaio, vômitos, 3 episódios, tremor e dor torácica', finaliza a denúncia.

Para o MPE, a autoria do crime de tortura está demonstrada pelo pontuário médico, testemunhas e outros documentos. 





Fonte:MidiaNews
 

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