Sexta-feira, 29 de março de 2024
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Diretor faz greve de fome contra fechamento de escola em Várzea Grande

Diretor faz greve de fome contra fechamento de escola em Várzea Grande

Foto: Reprodução

Na tentativa de sensibilizar o governador Mauro Mendes (DEM), o diretor da Escola Estadual Licinio Monteiro da Silva, em Várzea Grande, José Cícero da Mota, iniciou greve de fome nesta terça-feira (21), contra o fechamento da unidade que tem 1,6 mil estudantes matriculados.

O educador fez o anúncio durante audiência pública convocada pelo deputado Lúdio Cabral na última segunda-feira (20), que buscava esclarecimentos sobre a medida. A audiência pretendia abrir o diálogo com o secretário de Estado de Educação, Alan Porto, os profissionais da educação e as comunidades escolares.  A falta de diálogo, no entanto, foi o principal apontamento feito em todas as falas feitas por diretores e professores presentes na audiência.

Diante da ausência do secretário Alan Porto, o deputado Lúdio Cabral não considerou a fala dos representantes da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), pois para profissionais da educação seria ineficiente dada a falta de autonomia.

Procurada, a Seduc esclareceu que a convocação para que o secretário Alan Porto participasse de uma reunião na Assembleia Legislativa foi protocolada na tarde de sexta-feira (19). Como ele já possuía uma agenda com o governador Mauro Mendes, uma equipe da Seduc de gestão escolar foi para prestar todos os esclarecimentos necessários.

Apesar da expectativa gerada pela possibilidade de dialogar com o secretário, documentos apresentados pelos dirigentes sindicais revelaram contradição entre a palavra e a ação do gestor da pasta da Educação no Estado. O Ofício apresentado pelos dirigentes sindicais revelou que em 2020, o secretário Alan Porto, respondendo ao Ministério Público Estadual, afirmava que não fecharia a EE Licínio Monteiro. 

Outra contradição recaiu sobre a ação do ex-presidente da Undime (União dos Dirigentes Municipais de Educação), e atual secretário municipal de Educação de Várzea Grande, que se posicionava até então, contra o redimensionamento de matrículas. “Agora na base do governo acata, sem estudos de impactos financeiro, o decreto nº 723/2020 (municipalização de matrículas) “, destacou a dirigente sindical de Várzea Grande, Aparecida Cortez.

O Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep) apontou que o impacto do redimensionamento ou “prefeiturização” de matrículas prejudicará milhares de estudantes com impacto inclusive nas famílias. Segundo o Sintep, a decisão em fechar escolas em Várzea Grande, assim como vem ocorrendo em vários municípios, não houve sequer tempo de comunicar as famílias. 

Licínio 

O encerramento das atividades na Escola Estadual Licinio Monteiro afeta diretamente mais de 1.600 estudantes - matriculados na Educação de Jovens e Adultos (EJA), Ensino Fundamental, Ensino Médio, Educação Especial, na unidade. Grande parte desses alunos, apresentam dificuldade com a mudança porque isto implica gastos a mais para as famílias com transportes, prejudicam o desenvolvimento escolar visto que vai exigir nova adaptação por parte desses alunos.

Os professores também denunciaram a falta de investimentos por parte do governo, nos prédios que devem receber esses alunos remanejados. Essas escolas não receberam até o momento nenhuma orientação acerca de como devem acomodar esses novos alunos.  “As justificativas sem fundamento para o fechamento da unidade escolar estão sustentadas pela política economicista do governo Mauro Mendes”, destacou o presidente da subsede do Sintep/VG, Juscelino Moura. 

A decisão final da audiência foi pela resistência e permanência nas escolas, além de esclarecimentos com os estudantes e familiares para um posicionamento de enfrentamento coletivo à manutenção das escolas.





Por:Olhar Direto
 

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