Equipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) podem voltar a Cuiabá na próxima semana, depois de quase 60 dias de busca por uma quadrilha de assalto a banco, na região de Nova Bandeirantes (1.025 km de Cuiabá). 

A possibilidade de retorno da tropa começou a ser estudada nesta quarta-feira (28). Segundo o comandante do Bope, tenente-coronel Ronaldo Roque da Silva, as equipes ainda procuram dois homens que estariam escondido na mata. Entretanto, não há confirmação de que os suspeitos estejam no local ou mesmo que estejam vivos.

“Estamos aqui nos últimos dias de operação. Se nada de concreto foi obtido e constatado que não existe mais nenhum criminoso na mata, no início da próxima semana retornaremos para Cuiabá”, afirmou.

Militares do Bope estão na região desde o dia 4 de junho, quando criminosos invadiram duas agências bancárias do município e fizeram funcionários e clientes reféns. Depois, como escudo humano para garantir a fuga. Durante a ação violenta, uma grande quantia em dinheiro foi levada.

Até agora, nove dos bandidos já foram mortos e cinco presos. A existência de outros dois bandidos na mata foi apontada por Salvador Santos Portela, de 50 anos, membro da quadrilha, que foi preso no dia 9 de julho.

Em depoimento, ele afirmou que os dois comparsas estariam bastante debilitados quando os viu pela última vez. Por isso, há a possibilidade de que a dupla esteja morta.

 Cinco confrontos e nove mortos

O Bope trocou tiros com os primeiros assaltantes no dia 10 de junho, quando foram mortos Maciel Gomes de Oliveira, de 36 anos, Luiz Miguel Melek, de 39, Romáro Batista de Oliveira, de 35, e Waldeir Porto Costa, de 25. Além de armas, munições e roupas camufladas, a PM recuperou uma grande quantia em dinheiro.

O segundo confronto aconteceu no dia 21 do mesmo mês, em uma região de mata entre Nova Monte Verde e Nova Bandeirantes. Na ocasião morreram Diego Almeida Costa, de 31 anos, e Adailton Santos da Silva, de 40.

A terceira troca de tiros foi registrada no dia 26 de junho, quando morreu Samuel Santos Silva (natural de Salvador e sem confirmação de passagens criminais). Depois foi Ronaldo Rodrigues de Souza, o Galego, natural de Pilão Arcado (BA). Ele é investigado pela Polícia Civil de Pernambuco por assalto a um banco no estado e tinha um mandado de prisão expedido pela Comarca de Barreiras (BA) por roubo qualificado.

O quinto confronto, quando foi registrada a última morte na operação, foi contra Cristiano de Jesus Nunes. Ele morreu no dia 28 de junho, na altura do rio Juruena, próximo à balsa do rio que leva o nome da cidade.

Cristiano já foi preso em dezembro de 2016, com mais dois comparsas, por assalto a agência dos correios em Ubaitaba (BA).
Desde então, o Bope procura os outros criminosos que ainda estariam na mata.







Por:RepórterMT